12 novembro 2008

this is you. eyes closed, out in the rain. you never thought you.d be doing something like this, you never saw yourself as, i don.t know how you.d describe it... is like one of those people who like looking up at the moon, who spend hours gazing at the waves or the sunset or... i guess you know the kind of people i.m talking about. maybe you don.t.

anyway, you kind of like being like this, fighting the cold, feeling the water seep through your shirt and getting through your skin. and the feel of the ground growing soft beneath your feet. and the smell. and the sound of the rain hitting the leaves. all the things they talked about in the books you haven.t read.

this is you, who would have guessed it?
you.

- ann [personagem de sarah polley em "my life without me"]

10 novembro 2008

das poucas vezes que arriei os quatro pneus por alguém, nada ficou tão forte na lembrança quanto as músicas da ocasião. seja por ter ouvido ainda com a pessoa, ou por ter ouvido durante a fossa... as mais importantes são essas aí:

#1
belle and sebastian - she.s losing it
cocorosie - terrible angels
euterpia - brechot do brega
le tigre - deceptacon
metric - calculation theme
mombojó - nem parece, absorva, faaca
nina simone - i put a spell on you
simona talma - cotidiano
tricky - makes me wanna die

#2
beach boys - here today
franny glass - cine y libros
josé gonzález - hand on your heart
lykke li - a little bit
moldy peaches - nothing came out
mutantes - baby
phoenix - too young
tegan and sara - walking with a ghost
the do - at last


[meu tédio adora fazer listas, incrível]

02 novembro 2008

passei a tarde conversando sobre o quanto as coisas têm sido injustas. sobre o desespero que dá quando você percebe que toda aquela sensação boa de frio na barriga não é recíproca. e relê emails, logs de conversa, mensagens no celular. acaba escrevendo qualquer coisa brega que tente representar tanto sentimento estancado. recita pela milésima vez 'a canção desesperada' de neruda. escuta todas as músicas doloridas, e chora chora chora.

mas em algum momento - seja por esgotamento das forças ou por superação - em algum momento, eu juro, você olha a pessoa e vê um oco. talvez até fique triste, só que é uma tristeza diferente... meio a ver com pena. porque você dedicou uma parte tão grande do seu afeto e a pessoa claramente não soube lidar. e agora fica aí andando oca na vida.

no entanto, independente da outra pessoa ser mesmo uma idiota vazia que merece sofrer lentamente, você ainda tem aquele mísero fio de esperança de que talvez, apenas talvez, se ela viesse e se desculpasse, com jeitinho e duas vezes, tudo ficaria bem de novo. afinal, amores serão sempre amáveis [by chico buarque]. haha.

isso, claro, não vai acontecer. pelo contrário, você irá sair toda serelepe de casa e ao encontrar o alvo de sua estima e danação todos aqueles pensamentos úteis sobre a pessoa ser apenas um oco murcham como brócolis.

não que a presença te incomode, longe disso. mas quando você pensa que naquele mesmo local, durante aquele mesmo festival, porém um ano atrás, você estava levinha, boba, reparando o tempo todo uma pessoa que nem sabia da sua existência e que, ainda por cima, namorava, e agora - depois de ter ganhado e perdido a pessoa - lá estava você vendo um replay bizarro: o alvo da estima e danação com a mesma pessoa de um ano atrás.

todo te lo tragaste. como la lejanía. como el mar. como el tiempo.