16 abril 2008

mais uma noite de insônia desse organismo que não se importa com o fato de que daqui quatro horas é hora de acordar e seguir pro vale de lágrimas [a.k.a. estágio]. nessas situações pré-olhos-de-panda [porque é óbvio que amanhã minhas olheiras estarão pelo meio da bochecha], eu viro uma bomba de insights. altas epifanias em loop reverberando na cabeça vazia e no coração mezzo cheio.

eu achava que 2008 ia ser surpreendente. e, caralho!, ainda estamos em abril e eu já tô boquiaberta [adoro a expressão e sempre quis usá-la quando coubesse. ganha até de ensimesmado]. vinte mil coisas acontecendo, minha vida pessoal com trilha sonora e pensamentos com destinatário, jornada quádrupla de obrigações, dois livros sendo lidos [um em inglês, inclusive].

bizarramente, agora acabei de me sentir feliz. independente do excesso de quilos na balança e da falta de dinheiro no banco. [e da completa falta de vergonha na minha cara por ter roído todas as unhas].

e hoje depois de conversar com vitor fiquei refletindo [hahahaha] os tais adventos da sociedade alternativa. todas aquelas coisas que viraram must see to be cool. e não é síndrome de underground não. eu quero mesmo que todo mundo veja todas as coisas que estão aí para serem vistas. mas é tão estranho que existam duzentos indie kids ao seu redor e só uma pessoa tenha sentido aquele filme como você sentiu, e só uma pessoa também compartilhe sua sensação de bem-estar ao escutar xilofones numa música cantada num inglês cheio de sotaque.

o lado bom é ver que essas pequenas coisas repartidas tornam ainda mais próximas as pessoas queridas. porque foi essa linha de pensamento que me fez perceber quando eu estava viajando que 'casa' é, na verdade, todos os loucos que te amam e você ama de volta com a mesma insanidade. [e lendo isso vejo que ficou uma coisa meio lilo & stitch... "ohana quer dizer família e família quer dizer nunca abandonar ou esquecer"].

quando eu penso em situações boas, eles -os loucos- sempre estavam lá. fosse no deck de um parque bronzeando a barriga no sul do país, fosse num apartamento em são paulo do tamanho do meu quarto em natal me dando remédio pra cólica, fosse dançando comigo até às 5am num salão de beleza.

então, eu queria dizer pra 2008 assim: pode jogar que eu mato no peito. só pra terminar com uma metáfora futebolística já que hoje é quarta-feira e eu tô feliz.

3 comentários:

Apple B. disse...

ju é minha irmã xD
<3

é bom te saber feliz
:*

Anônimo disse...

é uma delicia ler um texto desse, sabia? isso me empolga e impulsiona tb.

=*

teamo

eloise - disse...

2008, pra mim, anda péssimo. não imaginava diferente, mas tbm não pensei que seria assim, desse jeito.
de qualquer forma, que ele ainda te dê momentos felizes =)