29 fevereiro 2008

a segunda vez é sempre melhor



Festa LO QUE SEA #2

a única festa de discotecagem rock [porque somos machos pra caralho] e new rave [porque também temos nosso lado travesti] em natal.

ambiente bonito, colorido, com espelhos, puffs, projeções.
ingresso justo. bebida barata. gente bonita.
banheiro decorado para uma pausa fotográfica [wc sessions].
e o melhor: no hay banda!!!

no mesmo dia vai rolar um show do asa de águia na via costeira. comemoração dos 20 anos da banda [sic]. e preciso registrar que a LO QUE SEA não é o asa, mas também arrêa!

fica a reflexão.

27 fevereiro 2008

você sabe que alguma coisa na sua vida precisa mudar quando entra numa loja, experimenta o maior short [tamanho 40] e ele não cabe em você.

26 fevereiro 2008

note to self: cobiçar a mulher alheia atrai bad karma.

25 fevereiro 2008

resultado final:

Filme - Desejo e Reparação X
Ator - Daniel Day-Lewis
Ator Coadjuvante - Javier Bardem
Atriz - Marion Cotillard
Atriz Coadjuvante - Cate Blanchett X
Diretor - Joel e Ethan Coen
Roteiro Original - Juno
Roteiro Adaptado - O escafandro e a borboleta X
Música Original - Falling slowly
Filme Estrangeiro - The counterfeiters
Filme de Animação - Ratatouille
Fotografia - Desejo e Reparação X
Figurino - Elizabeth: A Era de Ouro
Montagem - O Escafandro e a Borboleta X
Maquiagem - Piratas do Caribe - no Fim do Mundo X
Efeitos Visuais - A Bússola de Ouro


é pela doçura de pessoas como a marion cotillard que eu amo premiações.

24 fevereiro 2008

minhas apostas:

Filme - Desejo e Reparação
Ator - Daniel Day-Lewis
Ator Coadjuvante - Javier Bardem
Atriz - Marion Cotillard
Atriz Coadjuvante - Cate Blanchett
Diretor - Joel e Ethan Coen
Roteiro Original - Juno
Roteiro Adaptado - O escafandro e a borboleta
Música Original - Falling slowly
Filme Estrangeiro - The counterfeiters
Filme de Animação - Ratatouille
Fotografia - Desejo e Reparação
Figurino - Elizabeth: A Era de Ouro
Montagem - O Escafandro e a Borboleta
Maquiagem - Piratas do Caribe - no Fim do Mundo
Efeitos Visuais - A Bússola de Ouro

22 fevereiro 2008

o rio de janeiro continua sendo ou "a epopéia" parte IV

eu sou carioca. e, apesar de ter saído do rj com um aninho, sempre passei as férias lá. a sensação que eu sinto quando volto é de bem estar... com umas doses de saudade e outras de alívio. sei que estar lá é bom até quando é ruim.

dessa vez, cheguei no sábado à noite e o destino foi direto a lapa. andamos, bebemos na rua, entramos em um bar após o outro. a lapa é bem 'tudo ao mesmo tempo agora'. tem até chopperia com quatro andares. adóro. dormi umas 6 da manhã, levantei meio dia e aí... domingão. parada gay. copacabana. delícia, apesar da absoluta falta de pessoas bonitas.

a segunda foi mais leve. dia de passear no cosme velho, tirar fotos próximas ao bondinho que sobe pro cristo no corcovado, e num chafariz perto do túnel rebouças... e depois comer e beber nos botecos de laranjeiras.

no dia seguinte, rolé muambeira... fui ao saara, melhor centro de compras de bugingangas do rio de janeiro. melhor até que o alecrim aqui em natal. uma loucura. quando dei por mim mais de cinqüenta reais já tinham magicamente se transformado em sacolas nos meus braços. os brincos que comprei já quebraram todos... tirando isso, as outras tralhas estão aqui inteirinhas da silva. e eu ainda fui corajosa o suficiente pra encarar um pastel com caldo de cana no final do dia.

não satisfeita com o tanto que eu tinha andado, ainda fui lá pra gávea ver um show de graça do cordel do fogo encantado na puc. peguei a maior chuva do universo. MESMO. acho que só se compara à um dia em são paulo em que fui conhecer a vila madalena e andei quase 2km ladeira acima debaixo de uma chuva com gotas ridiculamente pesadas [conto mais disso na epopéia V]. o show foi normal, mas eu passei mais tempo prestando atenção nas pessoas e tentando me secar.

como eu tava bem non stop, na quinta-feira peguei metrô pro centro e fui conhecer o ccbb. lá é tudo lindo. o lugar é grandioso, sabe? a estrutura, os andares, o café, a livraria... fiquei encantadíssima. a exposição principal chamava "lusa" e era sobre a origem de portugal. tinha até uma sala [maior que a casa onde moro, diga-se de passagem] só com especiarias, falando do período que portugal tava na vibe pegar muamba na índia. devo ter passado umas três horas lá dentro.


ccbb - rj

de lá peguei metrô de novo, agora sentido bairro do flamengo. assim que saí passei por uma feirinha de livros e comprei 'o lustre', da clarice. uma de minhas melhores aquisições cariocas. já era noite e eu tava indo pro oi futuro, um prédio todo modernoso que tem o museu das telecomunicações, uns banheiros chiques, umas escadas transparentes... e um público über metido. era pocket show do diplo... de um tal projeto multiplicidade. quando cheguei faltava mais de uma hora pro show e a moça disse que os ingressos tinham esgotado. fiquei puta, mas decidi esperar... consegui o ingresso com um cara que comprou pra um monte de amigos e um deles desistiu. ele queria me vender inteira, eu disse que só compraria meia. ficou aquele impasse, acho que ele queria logo se livrar e acabou me vendendo assim mesmo. achei bem sem gracinha o set do diplo, muito funkão pra gringo e classe alta. salinha com ar condicionado, almofada pra sentar. assim qualquer um dança funk! só na mordomia... sei lá, achei tudo muito falso. mas tinha a deborah block e a fernanda abreu rebolandinho e isso foi engraçado. peguei mais chuva na volta pra casa.

aí na sexta eu tava louca pra sair. fui pra casa de uma amiga no humaitá, de lá fomos pra cobal beber, eu tinha quatro garrafinhas de ice na bolsa e depois da segunda eu já tava abestalhada... tanto que quebrei a terceira garrafa porque não consegui me equilibrar, segurar a garrafa e uma batatinha frita. tudo isso eu sentada... foi engraçado. dali fomos atrás de um bar gay em ipanema, mas tava fechado e saimos andando bairro adentro. passamos em três lugares diferentes sem saco pra ficar em nenhum deles. no último eu vi a menina que faz o papel de filha do antonio fagundes numa dessas novelas de agora da globo... bebemos um tempo na praia e voltamos pra casa.

sábado depois almoço fui ao MAM por causa da exposição com as fotos da marilyn monroe em 1962, pouco antes dela morrer. deus, que mulher linda! e ela tinha acabado de fazer uma cirurgia de vesícula... tava com uma cicatriz [prrraaaa!] na barriga. e mesmo assim linda linda.

eu me diverti de verdade nesse museu, saí vendo tudo. uma parte era toda dedicada à arte para crianças. e é um cu não poder fotografar exposição. altas coisas sobre 'desconstrução do concreto'... cores, videos, quadros, lugares para rabiscar. adorei tudo. mas o melhor era a árvore dos desejos em que elas podiam colocar papeizinhos com seu nome e seu desejo escrito. lendo alguns dos desejos o que mais me chamou a atenção foi o que dizia assim "quero a maria eduarda só pra mim" e quando eu virei o papel tinha escrito "ananda - 8 anos". rá!

no terceiro andar tinha a exposição sobre o livro Grande Sertão: Veredas. provavelmente a coisa mais criativa que eu já vi na vida. quando você entrava era tanta informação. eu não sabia nem pra onde olhar. o livro tava todo exposto ali de formas inusitadas. com cinco trilhas marcadas. se você seguisse por diadorim ia lendo frases escritas dentro d'água ao avesso só podendo ser lidas colocando um espelho contra as letras. aí seguindo o caminho do diabo as frases eram escritas na areia. e às vezes não dava pra ler porque o vento tinha desfeito alguma palavra. e tinha uma parte de frases escritas com giz em tijolos terracota. uma mais linda que a outra. depois as frases eram bordadas com lã vermelha em pedaços de madeira presos na vertical. alguns outros trechos estavam presos ao teto, com fios pra que puxássemos todo o manuscrito feito com letra de máquina de escrever. e para que ele subisse novamente haviam dois saquinhos com terra que faziam peso e puxavam o tecido inteiro pra cima. e a minha parte preferida, que é claro eu não vou conseguir descrever, mas se esforçem... era assim: você olhava num canto um monte de entulho com algumas letras soltas, havia a indicação de um ponto para observar o entulho e desse ponto, que era um círculo em alguma parte da exposição, todas as letras formavam uma frase que só podia ser vista daquele exato lugar.

no domingo, subi o corcovado desde o cosme velho. andei mais de 10km, eu acho. vi o mirante dona marta, o redentor... lá em cima tem uma energia absurda. fui sozinha, andando pelo caminho do trem que sobe a montanha. aí teve uma hora que ouvi um barulhinho de água e começei a descer uma encosta lá... me molhei um pouco nessa nascente, continuei subindo pela trilha até a estátua. acho que nem na chapada eu andei tanto. e eu tava de havaianas. sentiram o drama? lá no cristo é um barato. torre de babel total. tinha aquele pessoal oriental-turista-clichê com máquina no pescoço, sabe? tinha uma galera com um jeitão meio leste europeu falando loucamente coisas que me lembravam muito a sensação do personagem de budapeste do chico buarque.


o redentor

como eu fiquei muito cansada no domingo, passei o dia seguinte inteiro poupando energia pra 'maldita' [festa fixa da casa da matriz] na segunda à noite. e lá fui eu sozinha pra buatchy. foi bem nhé pra falar a verdade. não dancei nada, o set tava borocoxô, só valeu por 'engine driver' do decemberists que me fez ficar chorandinha pista com aquela porra daquele refrão "if don.t love me, let me go"... depois um cara com uns 35 anos veio dar em cima de mim e eu com nojinho menti toda a minha vida pra ele. aí fui pro segundo andar e tinha umas poltronas fodas e uma rolling stones do mês passado. fiquei mais de uma hora lá lendo e bolei de rir com a frase "ser dj é como gozar com o pau dos outros". acabei indo jogar pac man nos ataris. e voltei pra casa às 3h andando pelas ruas de botafogo.

dia seguinte saí para fotografar algumas vacas da cow parade e já começei dando azar, quando cheguei perto da vaca sentada ao lado do drummond tinham dois mendigos e um deles tava vomitando. no pé do drummond, véi.




de lá emendei pra modern sound, uma loja de cds gigante que tem lá em copacabana para um show de lançamento do terceiro cd de roberta sá, "que belo estranho dia pra se ter alegria". uma graça ela, como sempre. amei o show. só que teve um atraso de mais de uma hora e eu fiquei lá toda conversando com um menino super simpático que disse ser músico e estudar na Unirio. ele até me disse o nome, mas eu esqueci... no final fiquei com vergonha de pedir algum contato e passei horas stalkeando todas as comunidades do curso de música da unirio atrás dele... sem sorte.

aí que eu já estava no rio há 14 dias e era o dia do tim festival [acho que a chan merece um post só pra ela]. dia seguinte, aquela farofada familiar, era o noivado de um primo. e algumas horas depois eu estaria na estrada, no último ônibus pra são paulo. sozinha. mas ainda tive tempo pra uma situação inédita, paquera na parada.

a viagem rio-sp dura 6 horas. e, durante o trajeto, o ônibus faz uma parada só, ali por resende, interior do rio. muito diferente das paradas aqui no nordeste, o local parecia um shopping. e tinha uma loja de chocolates fodas, sem gordura trans, mil e uma opções de recheio. obviamente o pensamento de gorda me levou lá. fiquei todo o tempo da parada conversando com o mocinho vendedor, que era lindo e me deu um chocolate branco com amora porque eu disse que amava chocolate branco e amora. fiquei toda cheia de pensamentos maliciosos pro lado dele e dos chocolates. gastei todo o dinheiro que tinha pra comer na tal loja. entrar no ônibus foi estranho. eu não queria ir. e eu sempre fujo dessas situações porque acho constrangedor. e ali com ele não estava constrangedor at all. a vida só me apresenta dessas...

19 fevereiro 2008

note to self: fuçar orkut de pessoas que você acabou de conhecer, e pelas quais você está sexualmente atraída, é pedir pra broxar.

18 fevereiro 2008

la canción desesperada...

todo te lo tragaste, como la lejanía.
como el mar, como el tiempo. todo en ti fue naufragio!

era la alegre hora del asalto y el beso.
la hora del estupor que ardía como un faro.

ansiedad de piloto, furia de buzo ciego,
turbia embriaguez de amor, todo en ti fue naufragio!

- pablo neruda [trecho do livro vinte poemas de amor e uma canção desesperada]

16 fevereiro 2008

quer dizer então que essa coisa feia desse lencinho é alta costura e saiu da coleção outono/inverno 2007 da balenciaga?




só jesus tira o demônio do corpo das pessoas... afe!

15 fevereiro 2008

thundercats are go!


quando começaram a falar de Juno [Juno, 2007] na época do Toronto Film Festival, eu já sabia que ia gostar. adorei o trailer. adorei a trilha sonora. faltava ver o filme [que só estreou em natal essa semana]. aí que eu sabia que ia gostar, não tinha previsto era que ia gostar tanto.

é uma história boba sobre uma menina que engravida com 16 anos, mas não é um filme sobre gravidez na adolescência. nem sobre adoção, nem sobre aborto. fosse panfletário e teria me perdido como espectadora. odeio esse filmes que "passam mensagem"... mas Juno consegue divertir com profundidade. é um filme simples que causa umas risadas ótimas e, ao mesmo tempo, te põe em perspectiva a questão de que a vida vai acontecendo e nós vamos apenas tentando fazer o melhor que podemos.

aí que eu vi muita gente comentando sobre como uma adolescente espertinha como a Juno, nos dias de hoje, poderia ser sexualmente ativa e não usar algum tipo de prevenção. gente, atire a primeira pedra quem nunca fez unsafe sex. acontece! é uma merda [psicologicamente falando], mas acontece.

e apesar de cada personagem ser bastante peculiar, eles são reais o suficiente para dar credibilidade ao roteiro. nada resultou forçado. e a responsável por isso é a Diablo Cody, uma ex-stripper que nunca tinha sido roteirista. alguém me disse que o filme preferido dela é Mundo cão [Ghost world, 2001] e foi nesse universo de referências pop que ela se baseou quando tava escrevendo.

outra coisa super interessante sobre Juno é o fato do diretor Jason Reitman [de thank you for smoking, 2005] ter chegado na Ellen Page e perguntado que banda ela achava que a Juno escutaria. a atriz entrou tanto no clima geeks and freaks do filme que respondeu moldy peaches [amo!].

- you.re, like, the coolest person i.ve ever met, and you don.t even have to try, you know...
- i try really hard, actually.

alguém, por favor, me resgate da piscina de sentimentalidade em que eu mergulhei? ontem chorei umas seis vezes, cada vez por um motivo. [favor não confundir com aquelas palas convulsivas de sofrimento ¬¬].

não! eu tô muito fêmea, me emocionando com música, com filme, com parágrafos em livros de guerra, com american idol {qual a chance?}. socorro! aí quando eu tento olhar aquilo racionalmente é tarde, já estou com as bochechas úmidas.

testosterona urgente!

14 fevereiro 2008

13 fevereiro 2008

tenho vontade de fazer alguma coisa grandiosa (...) alguma coisa, sabe, que justificasse ter ficado aqui nesta porcaria. só que não consigo imaginar nada. todas as possibilidades que vejo neste negócio de profissão, de estudo, de salário, etc. me enojam, porque é sempre a mesma coisa... não encontro nada, albert - não vejo nada. de repente, tudo me parece desesperado e inútil.

- paul bäumer [em nada de novo no front, de erich maria remarque]

11 fevereiro 2008

dormi assistindo clube da luta e acordei marla singer, descabeladíssima e com olheiras enormes.

2008 tá me comendo por trás. i know.

10 fevereiro 2008


henriqueta: estoy aburrida. ¿no se te ocurre algo para hacer?
fellini: no... pero, si querés, me aburro con vos.

-liniers

09 fevereiro 2008

tal vez sea cierto. lo que queremos no es lo que hacemos... lo que buscamos esconde un defecto. ¿es la manera en la que construimos el momento, la acción, el movimiento? recuerdo ya estuve llorando por esto.

-coiffeur [em ¡qué mala suerte!]

08 fevereiro 2008

que bom que todo carnaval tem seu fim

eu gosto demais de recife, sabe? e queria há tempos ir pra lá no carnaval. não que eu seja a_foliã, veja bem. é só que eu gosto demais desses lances verdadeiramente brasileiros, sem a palhaçada de ser um espetáculo mais voltado para gringos que para nós. nas ladeiras de olinda é proibido tocar axé. proibido. quer coisa mais linda?

eu viajei na sexta, dia 1º, depois do trabalho e cheguei lá umas 19h porque tinha um engarrafamento estúpido já na entrada de olinda. umas 22h fomos pro recife antigo conferir a abertura do carnaval no palco do marco zero. instantaneamente, duas coisas me chocaram: o excesso de vaidade com os cabelos das pernambucanas {cabelereiro deve ser a_profissão do futuro por lá} e a maravilha que é venderem carne de sol com macaxeira nas banquinhas de comida de rua.

nesse dia dormi num apartamento no décimo oitavo andar na rua aurora e o capibaribe estava assim... pura luz:



sábado é dia do galo da madrugada, maior bloco de carnaval do mundo. e a multidão toma tudo, as ruas... as pontes. uma loucura. e lá fomos nós atrás do galo. tava um sol absurdo, e tinha muita muita gente, cheguei embaixo dele, tirei a foto, mas fui "franguinha" e não agüentei ficar.


segui para olinda. aí é o esquema... sobe ladeira, desce ladeira. muita gente também. a população deve dobrar durante o carnaval... não é possível! vários blocos, várias troças, muitas fantasias, muitos bonecos gigantes. tudo muito colorido, divertido mesmo. e os tambores de maracatu... eu amo maracatu. parece que a batida acompanha o coração, sei lá. mexe com algo que em mim não tem nome, mas tem uma energia muito forte. é só deixar fluir.


eu fiquei tão esgotada no sábado que não agüentei ir pro recife antigo à noite e dormi às 22h {qual a chance?}. o domingo começou já nas ladeiras de olinda novamente. a fantasia do ano foi o uniforme do BOPE, com grande destaque para as meninas que levaram placas com "pega um, pega geral" de um lado e quando algum engraçadinho ia pra cima delas, elas mostravam o outro lado "só não vai pegar você". a galera se pega muito em olinda. e isso me choca um pouco porque não freqüento micaretas. aí sei lá... aquela galera TODA SUADA beijando um atrás do outro. argh! na minha cabeça carnaval+pegação = herpes. ficadica.

nesse dia a programação do rec beat tinha marina de la riva, botecoeletro e móveis coloniais de acaju. era o dia com a programação que eu mais aguardava. aí a marina, por mais que eu tenha gostado é só um bolerinho dois-pra-lá, dois-pra-cá. o boteco foi um tiro no pé... muito sou-carioca-faço-samba-me-adore. só o móveis salvou a noite, como sempre. mesma força no palco, mesma empolgação contagiante. eles conseguiram encher aquela área na frente do paço alfândega, sendo que na mesma hora tava rolando um show de nação zumbi no marco zero. e no final: catarse! choveu quando eles cantaram 'copacabana' e desceram do palco pra famosa roda. lindo de ver, como sempre.

na segunda-feira meus pés já estavam querendo virar baked potatos. o solado latejava de tanto tempo em pé, do sobe e desce ladeira, do largo caminhar entre a torre malakoff, a rua da moeda e o palco do rec beat. cheguei em olinda lá pras 15h. comendo só besteira. já era o terceiro dia sem arroz e feijão, que eu amo. e ainda descobrimos uma sorveteria fenomenal na rua do sol. ponto obrigatório dos últimos dias de folia. saímos bem tarde pro recife esse dia. oito pessoas num palio, quase desafiando aquela conversa de que dois corpos não ocupam o mesmo lugar no espaço.

teve o fino coletivo, que eu sinceramente esperava que fosse melhor. até a rolling stone listou música deles entre as 10 melhores de 2007. sei lá, broxei. depois o chris murray com o firebug... a porra de um reggae interminável, chegava a quarta de cinzas e não chegava o fim desse show. cruzes. a noite terminou com a banda do chile, panico. eles são bem diferentes. eu não saberia citar, por exemplo, uma banda que seja parecida. mas é bom. uma pena que eu já tava muito cansada, queria ter curtido mais.

quando acordamos na terça-feira o clima já era de despedida. do cheiro bizarro de recife, das ladeiras de olinda, das recifenses... mil vezes mais bonitas e mais interessantes que as natalenses. demos adeus à rua 13 de maio {parte gay de olinda}, às smirnoff-ice por 2,50, ao japinha de uns 4 anos que mais parecia da yakuza com sua pistola de água.


era o último dia de rec-beat e eu queria muito ter visto o porcas borboletas. mas tava cansada demais pra pegar ônibus olinda-recife (ou seja, horas de engarrafamento) e depois ainda andar da rua aurora até o cais da alfândega. esperei a carona e cheguei quando a orquesta tipica fernandez fierro tava começando. primeira surpresa boa do festival. eles fizeram um espetáculo lindo, a iluminação era de coisa grandiosa mesmo. uns onze músicos ao todo, na frente ficavam quatro acordeons, atrás rolavam uns violinos, uns violoncelos. muito bom poder ver algo com tanta qualidade assim de graça no carnaval.

mas aí como o que é bom sempre acaba, chegou o lucy and the popsonics. bizarramente, eu amo bateria eletrônica e vocais femininos {até os mais estranhos} e, mesmo assim, não suporto essa banda. eles me parecem mezzo irritantes, mezzo arrogantes, e em alguns momentos até idiotas. como eles não têm lá grandes coisas para apresentar, o show acabou logo. e veio a segunda grande surpresa boa do festival, pato fu.

começa que a fernanda takai é a coisa mais linda a pisar nessas paragens desde o show do nouvelle vague em setembro do ano passado com a melanie {vocalista} vestida de melindrosa.

eu nunca tinha visto pato fu ao vivo, não tenho nenhum álbum completo deles no pc e nem me considero fã. inclusive me surpreendi quando me peguei cantando várias músicas. e eles são tão cativantes que eu ficava sem graça quando não sabia a letra para acompanhar. o show foi tão bom, tão leve... passou que eu nem percebi {e, porra, na terça à noite eu já tava só a capa do batman}. nem lembrava o quanto "perdendo dentes" e "canção pra você viver mais" eram lindas. gostei demais.

voltei para casa na quarta-feira de cinzas, dia 6, muito satisfeita com toda a experiência. o ponto realmente baixo desse carnaval foi a questão do banheiro. eu achei ridícula a quantidade de banheiros químicos disponibilizados pela prefeitura, parece até que era uma reunião familiar e não um dos maiores carnavais do brasil. além de poucos estavam sempre imundos. isso me obrigava a beber pouco, logo fiquei puta por mim e por todas as mulheres. e como homem que é homem não tá nem aí pra banheiro químico mesmo, as ladeiras viraram fácil um grande mictório público... preciso nem dizer que olinda vai demorar os próximos 11 meses para se recuperar. aff.

acabou o carnaval, mas começou a contagem regressiva para o próximo.

*378 dias*